... da totalidade das coisas e dos seres, do total das coisas e dos seres, do que é objeto de todo o discurso, da totalidade das coisas concretas ou abstratas, sem faltar nenhuma, de todos os atributos e qualidades, de todas as pessoas, de todo mundo, do que é importante, do que é essencial, do que realmente conta...
Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano IV Número 57 - Setembro 2013

Editorial

Lasar Segal ~ Paisagem do Rio de Janeiro
tinta preta à pena sobre papel, 1926.
“Ognuno vede quello che tu pari,
pochi sentono quello che tu sei.” *

~ Niccolò Machiavelli

* "Todos vêem o que pareces,
poucos percebem o que és."


Setembro TUDA ~ TUDA Setembro!

Sem tempo para o tempo, vem TUDA
Setêmplice setena, aos trancos
e desbarrancos, na surda
setembrina ou setembrense
dizer que fácil né manter setem-
versos poéticos em prumo sem
perder a classe a linha o rumo.
Do quelé que sem qualé qalou, até
o mané que sem mesmo matar mofou
Do padre que só de pensar já pecou, da
vadia que de na vida vadiar viciou
vai que vai vem que vem TUDA tem
muda boa bem bom bem bem - again 'n again
fecha-relâmpago flecha-éclair do instante-momen-
to.

Com os já conhecidos pyndahýbicos, destimundo e d'outros além, lutando para continuar neste, vem TUDA, errática e navegântica, despojada e despretendida, desamarrada de nós do pensamento engajado, vem que vem esta TUDA, lembrando os 100 anos do Lockout de Dublin e os 50 anos do Museu Matisse, lamentando a morte de Seamus Heaney e colorindo o Outono no Hemisfério Norte com o Solstício de Setembro.

É isso aí companheiros, na velha e suja LabUTA do dia a dia, firmeforte no descrédito às organizações, contra a falsidade das instituições, contra a ganância e a cobiça que o mundo moderno nos impõe, que não raro nos apresenta encruzilhadas onde só os afortunados de espírito podem tomar o caminho do bem... esta é a luta! Ou se luta soa antigo, datado, ultrapassado, então este é o mote, no déspota esclarecido ou no enrustido, considerando o oposto antes de afirmar o posto, que há de chegar o dia em que não seremos mais guiados pelo vil metal, e o mundo inteiro, este que conhecemos, se colapsará, e um outro virá...

Virá que eu ví!

Só que não será em forma de índio, nem virá numa estrela colorida ou brilante, e embora esteja muito além da impavidez do Ali, do apaixonadiço Peri, e da tranquilidade e infalabilidade do Lee, duro mesmo vai ser convencer o Caetano de que os Filhos de Gandhi nada têm a ver com isso!

Deixe eu ir que ele já deve estar chegando...

QG de TUDA Setembro
fotomontagem de Eduardo Miranda
Asyno Eduardo Miranda
o (auto-proclamado) editor
deste porto semisseguro da jlha do Eire
oje, dezº qvjmº dia do nonº mez
d este Anno Domini de MMXIII